Dos campeões da NBA de 2013-2014, o único jogador que ainda permanece no elenco do San Antonio Spurs é Patty Mills. O australiano de 32 anos não só continua jogando em alto nível, como também está tendo a melhor temporada de sua carreira, contribuindo com 13 pontos por jogo e um aproveitamento de 40% nas bolas de 3 em quase 7 tentativas. Caminhando para o trecho final de sua carreira, Mills provoca a discussão se merece uma camisa aposentada no topo do AT&T Center.

Antes de se afirmar ou não se o australiano merece uma camisa aposentada, necessito explicar a você, leitor, que não há um critério padrão definido pela NBA para que as franquias aposentem o número. É uma decisão totalmente “individual” que irá ser tomada pela franquia, a partir de critérios que acharem mais convenientes/justos. Então, o que o legitima receber essa homenagem?

Patty Mills é um jogador histórico da franquia, com muitos feitos que o colocam na história, tais como:

  • 10º jogador que mais atuou na história do Spurs com 630 jogos de temporada regular e 85 de Playoffs (até o dia 12/03/2021);
  • Um dos únicos dois jogadores da história da franquia a marcar 4000 pontos vindo do banco, junto com Manu Ginobili;
  • 3º maior pontuador de 3 pontos da história da time, com 856 bolas longas convertidas;
  • Líder da NBA em bolas de 3 vindo do banco por uma franquia, com mais de 930.

Quero ressaltar a última estatística, pois na minha visão, é a que mais representa a importância de Mills para a história do San Antonio Spurs. No dia 18/01/2021, contra o Portland Trail Blazers, o australiano acertou a bola de 3 de número 930 em sua carreira e ultrapassou um velho conhecido, que também possui sua camisa aposentada pela franquia: Manu Ginobili. Logo após a partida ele deu a seguinte declaração: “Há algo importante na compreensão do seu papel e na tentativa de aproveitar ao máximo essa oportunidade, mas ainda sendo fiel a quem você é como jogador”. Ou seja, Mills não se importa em exercer um papel em tese “menor” para que o time possa jogar melhor. Essa atitude é correspondente com a liderança e o altruísmo que ele sempre demonstrou.

Tendo em vista todos os recordes do jogador citado acima, considero que Patty Mills mereça, sim, ter seu número retirado. No título de 2013/2014, ele foi importante ao trazer pontuação “instantânea” vindo do banco, se colocando como um desafogo dos titulares e liderando a segunda unidade do time. E até hoje é um líder tanto dentro de quadra como fora de quadra em seu trato com os jovens, com a organização, com a torcida e com a comunidade, fatores que eu considero muito relevantes para o merecimento dessa homenagem.

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