Imagens: Reginald Thomas/Spurs

A temporada, até aqui, tem inúmeros pontos positivos, a começar pela campanha positiva apesar da desconfiança na pré-temporada. todavia, sabendo do que esse time é capaz, é necessário que a cobrança seja maior, para alcançarmos objetivos condizentes.

A campanha dos Spurs é surpreendente e a briga pela vaga nos Playoffs vai ser ainda mais acirrada nesta segunda metade da temporada. Apesar do bom começo, se a equipe texana tiver interesse em brigar alto na NBA, é importante que pare de tropeçar com tanta frequência contra adversários mais fracos, principalmente tratando-se de rivais de conferência, como ocorreu na primeira metade da temporada.

A derrota contra os Timberwolves, sem o DeRozan, poderia ser algo compreensível, mas a equipe de Minnesota é a pior da liga e lidava com a ausência de KAT, provavelmente o melhor jogador do time. Contudo, foi um jogo atípico, sem o principal pontuador da equipe e como as bolas de três não estavam caindo, o ataque de San Antonio ficou muito frágil, incapaz de passar dos 100 pontos contra o pior time da liga. Ainda, esse jogo colocou muitas interrogações sobre o funcionamento do ataque da equipe sem a pontuação e armação de DeRozan.

Quatro dias depois, os Spurs enfrentaram os Rockets, logo após a troca envolvendo James Harden, ou seja, Wall, Oladipo e companhia não estavam em quadra. San Antonio perdeu por quatro pontos para um time liderado por Wood, e que ainda tinha Cousins e P. J. Tucker e uma série de jogadores querendo se provar na liga. Essa, sem dúvida, foi a derrota mais dolorida da temporada, ainda mais considerando que após a partida, os Rockets entraram em uma série de derrotas consecutivas, que, na verdade, deveria ter começado já no tropeço da equipe de San Antonio.

As duas derrotas seguidas (em back to back) contra os Grizzlies não deveriam ser tomadas com naturalidade. Afinal, uma equipe que briga por vaga direta nos playoffs não deveria sofrer contra um Memphis sem Valanciunas e sem JJJ. O pior de tudo é que, diferentemente do jogo contra os Rockets, os Grizzlies dominaram a partida, sem dar chance pra reação texana. É bem verdade que a franquia de Memphis tem o segundo-anista sensação em Ja Morant e ainda tem Brooks e Clarke como jogadores de qualidade, mas os demais que jogaram no triunfo contra os Spurs são jogadores novos que ainda precisam se provar na liga, ou veteranos conhecido por suas atuações medianas, como Kyle Anderson e Dieng. Definitivamente, é mais difícil chamar esses jogos de tropeço, por se tratar de um time decente, mas se o objetivo dos Spurs são os Playoffs, perder dois jogos seguidos para um adversário direto pela vaga lidando com lesões não é ideal.

Após um excelente começo de fevereiro, os Spurs fecharam seus últimos jogos antes da pausa pro final de semana do All Star Game, ainda lidando com as consequências da crise do Covid-19. Nesses últimos jogos, mais dois tropeços, dessa vez contra OKC. O primeiro dificilmente deve ser tratado como um tropeço, afinal, a quantidade de desfalques que os Spurs tinham realmente dificultava imaginar um cenário positivo. Porém, pela forma como o jogo se desenhou, ainda ficou um gosto amargo, pelo turnover de Mills e a bola de 3 de Dort nos segundos finais.

A segunda derrota pra OKC foi bem mais dolorida, com DeRozan e Keldon Johnson de volta, os Spurs não foram capazes de bater um time que, apesar de não ter nomes chamativos além de Shai e Horford, é bem treinado, forte defensivamente e ataca muito bem o garrafão. Ainda assim, entretanto, se trata de um time que não briga por nada, a não ser talvez uma melhor posição no Draft.

Como diz o ditado popular: “não adianta chorar pelo leite derramado”. Essa é a lógica que deve guiar os Spurs nesta segunda metade da temporada, levantar a cabeça, aproveitar o bom momento criado pelo recorde positivo e seguir o desenvolvimento da equipe para chegar aos Playoffs novamente. Todavia, é necessário lembrar dos erros do passado para evitá-los no futuro; com uma quantidade absurda de jogos em um curto espaço de tempo, não há brechas para tropeços contra adversários mais fracos se o objetivo é a vaga, talvez direta, aos Playoffs.

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