Imagem da capa: nba.com/spurs
Nas últimas 10 partidas, o Spurs venceu 5, foi líder de rebotes em 3 (2v/1d), líder de rebotes defensivos em 4 (3v/2d) e foi líder de rebotes ofensivos em apenas uma. A melhor partida do ano, quem sabe da carreira, de Jakob Poeltl, contra Chicago no dia 17, é prova da importância dos rebotes. Dos 16 rebotes que o austríaco pegou, 6 foram ofensivos, os quais geraram 7 pontos para o Spurs.
Vit/Der | Rebs | Def | Ofen | Rebs | Def | Ofen | ||
Vitória | SAS | 46 | 33 | 13 | BUL | 51 | 37 | 14 |
Vitória | SAS | 45 | 35 | 10 | DET | 34 | 26 | 8 |
Derrota | SAS | 32 | 22 | 10 | 76ers | 54 | 41 | 13 |
Vitória | SAS | 45 | 38 | 7 | ORL | 46 | 37 | 9 |
Derrota | SAS | 30 | 24 | 6 | MAV | 51 | 38 | 13 |
Derrota | SAS | 46 | 40 | 6 | OKC | 45 | 36 | 9 |
Vitória | SAS | 45 | 36 | 9 | KNI | 41 | 32 | 9 |
Derrota | SAS | 48 | 39 | 9 | NETS | 51 | 38 | 13 |
Vitória | SAS | 38 | 30 | 8 | PELS | 52 | 35 | 17 |
Derrota | SAS | 44 | 38 | 6 | OKC | 52 | 42 | 10 |
Uma verdade na NBA: quanto mais rebotes, mais chances de arremesso e menos chances para o adversário. Na temporada, a falta de controle dos rebotes tem afetado bastante San Antonio. Historicamente, a equipe não luta por rebotes ofensivos, pois foca em reagrupar após o erro. No entanto, vencer a batalha dos rebotes é importante, afinal as vitórias passam perto do controle dos rebotes.
Jogando no small-ball é de se esperar menos rebotes e que os armadores e alas da equipe busquem mais a bola, tem sido a realidade do Spurs, mas não vem sendo suficiente.
O Spurs é geralmente tem maior quantidade de arremessos por partida, pouco mais do que um arremesso a mais por disputa que os adversários. Das estatísticas analisadas, essa é a única em que a equipe lidera. Encaixa com a proposta de ser uma equipe baixa, com maior ritmo de jogo, o que pode ajudar a vencer alguns jogos, mas como não leva a uma superioridade em pontos, nem sempre se traduz em vitórias.

Com mais arremessos do Spurs, são esperados mais rebotes defensivos para os adversários. O problema está na baixa quantidade de rebotes defensivos e ofensivos de San Antonio, que reduz 4 posses de bola ou garante 4 a mais aos adversários. Com isso, temos uma média de 2 pontos a mais em segundas chances pelos adversários, além de base para arremessos de 3 pontos a partir do passe do rebote.

A verdade é que com a ausência de um ala-pivô (PF) com agilidade em quadra e, muitas vezes, até mesmo de um ala (SF), a equipe depende dos armadores (PG, SG, G) para os rebotes. Em algumas situações eles acabam batidos pela altura ou por estarem defendendo próximo a linha dos 3 pontos.
Em contrapartida, algumas das estatísticas que vêm mantendo o Spurs nos jogos ainda são: baixo número de perdas de bola (turnovers), quantidade superior de pontos gerados após a perda de posse adversária e pontos de contra-ataque. Com isso, a equipe tem quase 6 pontos a mais por partida.

Em relação aos contra-ataques é interessante analisar além dos pontos. Como as perdas de bola são baixas, muitos dos contra-ataques vem de ataques em que o Spurs não pega o rebote. Com isso, podemos associar uma recuperação defensiva, que vem melhorando durante a temporada.
Para a equipe e os rebotes, a melhor solução seria a presença de um ala mais alto e com mobilidade. Mas uma coisa é certa, mesmo sem esse jogador, o Spurs precisa garantir mais rebotes para garantir um melhor recorde na temporada.